O Centro de Operações do Rio agoniza!

O Centro de Operações perdeu o poder de reação e se desfigura progressivamente! Em 2017, o contrato para a gestão do centro foi reduzido em 25%. Sua administração passou ao Coronel Amêndola, Secretário de Ordem Pública. As pessoas colocadas lá não são para a operação direta do COR. O grupo que criei de jovens especialistas em BIG Data, formado por cientistas de dados que escolhi nas melhores Universidades (PUC, FGV, UFRJ, Unicamp, USP), – O PENSA – foi desativado. Seu apoio era importantíssimo no tratamento dos dados e geração de informações, estudos para toda área de inteligência, planejamento e tática do COR. Em seu lugar, um centro operacional da Guarda Municipal.

É coerente com a visão do Crivella sobre as novas funções do COR – segurança! Mas e como fica a operação do dia-a-dia da cidade e dos eventos? Mais uma vez desmantelado. O setor de planejamento e eventos, que trabalhava em parceria com o Pensa, também foi desativado!

E não para por aí! Retiraram dois jornalistas da madrugada que geravam informações pra população nos momentos de emergência, acabando com a capacidade de se comunicar com os meios de comunicação.

Os carros da Defesa Civil não estão rodando por falta de contrato.A Cet-Rio perdeu mais de 30% do seu efetivo e foram cortadas as bases operacionais: Grajaú, Jacarepaguá, Campo Grande e Santa Cruz. Os contratos dos Vacolls (máquinas de desentupir bueiros), até aonde tive informação, só funcionavam em dias úteis até as 17hs.

Em eventos como as chuvas, os gabinetes de gestão de crises temporários não foram criados. Algo como aconteceu nos episódios: Acari (2013) e Prédio de São Conrado (2015). E mesmo com o foco em segurança pública, ainda retiraram o “ponto focal” do COR da Prefeitura do Rio de dentro do CICC (Centro Integrado de Comando e Controle, de Segurança) do Estado!

Não há compromisso hierárquico com a solução dos problemas. Nem com o Prefeito, nem com o Chefe do Centro de Operações. Mesmo em uma situação de absoluta normalidade o ex- prefeito Eduardo Paes, por exemplo, JAMAIS viajaria com o Chefe do COR, imagine no Carnaval, maior evento da Cidade! Ou é absoluta falta de compreensão das suas funções ou negligência grave!

E mais, sob a desculpa de uma visita escondida a Agência Espacial Europeia, poderia o próprio Prefeito se informar sobre o convênio com a NASA, que já está em andamento desde 2016, e que poderia ter oferecido uma visita ao alcaide, oficial, e sem desmerecer a agência do velho mundo, a americana tem muito mais a nos ensinar!

Tudo isso é muito triste, principalmente, falando do Centro de Operações de cidades mais avançado, conhecido e copiado do mundo. Com a criação do COR, o 1746 e o Porto Maravilha, ganhamos o maior prêmio global de Smart Cities em 2013, na cidade de Barcelona! Vê-lo destruído pouco a pouco, além de frustrar pelo desprezo ao trabalho de tanta gente, também traz à tona o risco de perdemos vidas pela atual incapacidade de resiliência que o Rio tem na débil e equivocada administração Crivella.

Imagem do dia 13/02/2017 (um dia antes das chuvas) do Centro de Operações com 14 telas apagadas, cerca de 20% do total.

Por fim, inacreditavelmente a cidade do Bispo continuava em estágio de atenção cinco dias após a chuva da semana passada, porque até então não teve a capacidade de atender todas as solicitações para voltar ao estágio de normalidade. Lamentável.

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