Temos que agir
A demora e os sucessivos adiamentos do governo em avançar com a agenda econômica e enviar propostas como publicado na Folha foi um dos dilemas e erros da política econômica do Governo Federal. Demorou a reconhecer e entender a dimensão do problema do gasto obrigatório crescente, descontrolado e disfuncional. Acreditou que a Reforma da Previdência por si só garantiria ajuste permanente e expectativas suficientes para crescimento vigoroso e ininterrupto por 10 anos. Por pura vaidade de ter a assinatura do governo, apresentou uma proposta – a PEC Emergencial – uma cópia piorada e de resultados menos eficazes que a minha PEC 438/2018, que já diagnosticava e apresentava solução para esse problema há 2 anos!
Agora, o Brasil precisa de espaço fiscal para direcionar gasto público para investimentos estruturantes e com alto multiplicador na renda, e não os tem! E se buscar o caminho que parece mais fácil e que reproduz nossos erros do passado, como por exemplo, furar o teto de gasto, as consequências serão ambas desastrosas: mais dívida ou mais inflação!