Saúde do Rio agoniza

No final de 2015, o Estado quebrou, a crise da rede estadual deixou a Zona Oeste em uma situação catastrófica: mais de 4 mil funcionários sem salário só no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, e Rocha Faria, em Campo Grande; sem insumos básicos e com as emergências  praticamente fechadas.

Diante deste cenário de guerra e sem fugir da sua responsabilidade como prefeito, Eduardo Paes assumiu a gestão dos dois hospitais em janeiro de 2016.

Já havíamos feito isso em 2010, quando assumimos o Hospital Pedro II, após o fechamento após um incêndio.

Como secretário da Casa Civil, fui responsável pela coordenação desta operação altamente complexa, que envolveu várias secretarias. Em 48 horas, reabastecemos as unidades, realizamos os pagamentos,  reabrimos a emergência e os leitos fechados, e retiramos mais de 140 pacientes que estavam nos corredores. Na saúde sob o comando do secretário Daniel Soranz, reorganizamos a rede para dar suporte a todo o estado.

Com a municipalização, conseguimos diminuir a taxa de mortalidade e melhorar o desempenho clínico das duas unidades.

Mostramos que dedicação, coragem, competência e boa gestão em saúde podem salvar vidas!

Em apenas oito meses entregamos as duas unidades reformadas, com novas emergências, implodimos um esqueleto insalubre ao lado do Hospitais Albert Schweitzer deixando espaço para a construção do CER Realengo, que virou promessa de campanha dos principais candidatos a prefeito do Rio, na época.

Mas, infelizmente, o prefeito Marcelo Crivella não só não cumpriu sua promessa de campanha, como desestruturou o atendimento à saúde de toda a região. Ao assumir a prefeitura, Crivella desativou leitos, cortou equipes de saúde da família, sobrecarregando novamente os hospitais, e retrocedendo a um cenário que havíamos superado com muito trabalho e gestão.

A crise hospitalar da rede pública de Saúde no Rio é gravíssima, é uma crise eminentemente de gestão e priorização política. A taxa de mortalidade hospitalar aumentou e, atualmente, temos a mais alta taxa do país! 

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Atrás desses índices assustadores, há milhares de vidas que poderiam ser salvas. Não podemos deixar que a mortalidade aumente, são pessoas que estão morrendo por má administração e incompetência do governo.

Reorganizar é possível. O que não é possível é devolver a vida de um ente querido ceifada precocemente por  incapacidade de gestão.

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