Câmara Viva
Junto com outros deputados, criamos o Câmara Viva, um grupo que vem trabalhando muito com o objetivo de encontrar fontes para custear um programa de renda básico, que continue após o auxílio emergencial e seja mais amplo que o Bolsa Família. Somos parlamentares de diversos partidos e campos políticos que estamos trabalhando juntos, em mais uma iniciativa para ser apresentada ao governo.
Qual o princípio na minha opinião? É muito importante essa nova renda, mas desde que tenha uma fonte de custeio que não aprofunde o déficit. Pois se seguirmos como está, dívida, dívida, dívida, está impagável e quebraremos. Tem que ser um mecanismo de transferência de renda direta, justa e redistributiva. Um componente Robin Hood, ou seja, retira de quem pode mais, para quem precisa muito. Exemplo: tributar renda dos mais ricos, reduzir o gasto de quem se apropriou do orçamento público, seja na despesa direta do setor público, supersalários, privilégios; seja no setor privado, com as isenções fiscais absurdas.
E ainda há setores que podem contribuir mais, como a economia digital ou os bancos, que mesmo na Pandemia, pouco ou nada perderam.
Contudo, imagino que mesmo com as premissas acima, o custo seria tão elevado, que a sociedade brasileira teria também que decidir sobre qual o seu grau de conhecimento e solidariedade com a desigualdade, como por exemplo, aceitar um imposto único, universal e exclusivo para esse gasto, como um tributo sobre transações vinculado só ao custeio do Renda Brasil.
Que tal? Você topa? Todo mundo pagar um pouco para ajudar?
Precisamos debater mais sobre quais as saídas!